St. Patrick's Day, o dia de São Patrício, é uma data comemorativa especial no mundo todo, especialmente pra quem gosta de bebidas.
Feriado religioso em diversos países, o St. Pat's Day, como é carinhosamente chamado por seus entusiastas, é comemorado no dia 17 de Março na maioria dos países Anglófonos (Se você não sabe, são os países onde se fala inglês como língua principal), sendo um festival religioso que dura três dias completos até o topo com um colarinho de dois dedos, com muita cerveja, coisas verdes, mais cerveja, mais coisas verdes, cerveja verde, comida verde, irlandeses (Que são verdes, aparentemente), cerveja, leprechauns (Irlandeses imaginários), mais comida e mais cerveja.
Apesar de ser um feriado religioso, ele é comemorado tão fortemente por ser um dia isento da Quaresma, aquela tradição religiosa que a minha avó insiste em respeitar e que eu nunca entendi, mas que pelo que eu sei envolve não consumir de diversos prazeres corporais para se aproximar de Cristo e seus quarenta dias de jejum no deserto, prazeres esses que envolvem um bom assado na brasa e uma Polar de litrão, aparentemente.
E você sabe como as pessoas funcionam, dê um dedo e elas puxam o braço: O que começou com um "Ok, hoje vocês podem tomar uma cervejinha" virou um "200 BARRIS PRA CASA DO SEU JOHN", porque quem não gosta de uma cervejinha com um assado bagual, né mesmo?
St. Pat foi o santo responsável, de acordo com o cânone católico, por boa parte da evangelização irlandesa, tendo sido filho e neto de diáconos (Podia, sim), que foi sequestrado por piratas irlandeses aos 16 anos, mantido como escravo numa região irlandesa desconhecida mas que supõe-se que seja o Condado de Mayo.
Não se contentando com ser sequestrado por gente da mesma estirpe que gerou nomes lendários no mundo da pirataria como Black Bart, Patrick resolveu fugir de seus captores, ir para um convento na Bretanha, se tornar bispo e VOLTAR pra Irlanda, por que um cabra macho de verdade não ia fugir de uma treta dessas, né?
Reza a lenda que Patrick usou o trevo de três folhas, o shamrock, para explicar a Santíssima Trindade para os irlandeses, e também mostrou pra eles o que era a cerveja, já que aparentemente os Celtas só sabiam o que era hidromel. Pelo menos foi isso que Asterix me ensinou, né.
O feriado de St. Pat, porém, é algo muito mais que religioso, sendo que São Patrício está para a Irlanda assim como a Nossa Senhora Aparecida está para o Brasil, tendo se tornado um símbolo nacional da Irlanda, e a cor verde e os trevos shamrock se tornaram intimamente relacionados com a Irlanda e com a figura Nacional da mesma, desde o século 15, onde a bandeira da Irlanda era a bandeira de Leinster, uma harpa dourada sobre fundo verde: Durante os anos de 1790, a United Irishmen, uma associação nacionalista irlandesa, que lutava contra a coroa britânica, usava os trevos e a cor verde como símbolo de apoio. A expressão "wearing the green" vem de uma música da época, que lamenta os simpatizantes do movimento perseguidos pela Inglaterra por usarem a cor verde.
Então sabemos que Saint Patrick é muito mais que apenas um feriado religioso e uma fresta da Quaresma, e sim, praticamente o maior feriado nacional irlandês.
E nada mais justo que comemorar esse feriado a caráter, certo?
Então agora que você já conhece a história desse feriado, abra uma Guiness, bote corante verde no fundo das canecas de cerveja, e vista o verde!
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Mural no Guiness Storehouse: "Todos são irlandeses no dia 17 de Março" |
Apesar de ser um feriado religioso, ele é comemorado tão fortemente por ser um dia isento da Quaresma, aquela tradição religiosa que a minha avó insiste em respeitar e que eu nunca entendi, mas que pelo que eu sei envolve não consumir de diversos prazeres corporais para se aproximar de Cristo e seus quarenta dias de jejum no deserto, prazeres esses que envolvem um bom assado na brasa e uma Polar de litrão, aparentemente.
E você sabe como as pessoas funcionam, dê um dedo e elas puxam o braço: O que começou com um "Ok, hoje vocês podem tomar uma cervejinha" virou um "200 BARRIS PRA CASA DO SEU JOHN", porque quem não gosta de uma cervejinha com um assado bagual, né mesmo?
St. Pat foi o santo responsável, de acordo com o cânone católico, por boa parte da evangelização irlandesa, tendo sido filho e neto de diáconos (Podia, sim), que foi sequestrado por piratas irlandeses aos 16 anos, mantido como escravo numa região irlandesa desconhecida mas que supõe-se que seja o Condado de Mayo.
Não se contentando com ser sequestrado por gente da mesma estirpe que gerou nomes lendários no mundo da pirataria como Black Bart, Patrick resolveu fugir de seus captores, ir para um convento na Bretanha, se tornar bispo e VOLTAR pra Irlanda, por que um cabra macho de verdade não ia fugir de uma treta dessas, né?
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Um cabra macho de maneira quase que sagrada |
O feriado de St. Pat, porém, é algo muito mais que religioso, sendo que São Patrício está para a Irlanda assim como a Nossa Senhora Aparecida está para o Brasil, tendo se tornado um símbolo nacional da Irlanda, e a cor verde e os trevos shamrock se tornaram intimamente relacionados com a Irlanda e com a figura Nacional da mesma, desde o século 15, onde a bandeira da Irlanda era a bandeira de Leinster, uma harpa dourada sobre fundo verde: Durante os anos de 1790, a United Irishmen, uma associação nacionalista irlandesa, que lutava contra a coroa britânica, usava os trevos e a cor verde como símbolo de apoio. A expressão "wearing the green" vem de uma música da época, que lamenta os simpatizantes do movimento perseguidos pela Inglaterra por usarem a cor verde.
Então sabemos que Saint Patrick é muito mais que apenas um feriado religioso e uma fresta da Quaresma, e sim, praticamente o maior feriado nacional irlandês.
E nada mais justo que comemorar esse feriado a caráter, certo?
Então agora que você já conhece a história desse feriado, abra uma Guiness, bote corante verde no fundo das canecas de cerveja, e vista o verde!
The White Buffalo é um projeto repleto de honestidade e reflexão, de um rapaz que foi criado na Califórnia chamado Jake Smith, que cresceu ouvindo bandas punks e não levantou uma guitarra até os 19 anos de idade. Durante sua adolescência, começou a escrever e apresentar suas próprias músicas, escolhendo o nome de The White Buffalo - uma das sugestões de seus amigos, que foi tirada de um chapéu.
Sou, admitidamente, viciado em café.
Não consigo ficar mais que um dia sem tomar café, e apesar de me contentar com o meu drip coffee de máquina -- bendito seja o criador desse negócio que me permite ter café relativamente fresco pelo dia todo com o mínimo de esforço -- pro dia a dia, eu sou, admitidamente, um daqueles GOURMETÃO DE CAFÉ.
Sim, aquela gente irritante que paga 10 reais por um copo de café, passa mais tempo perto de cafeterias do que é saudável e tudo mais.
Graças a essa gourmetice de café, além de ter perdido muita grana na minha vida (Não consigo resistir a uma cafeteria nova, a menos que eu tenha acabado de tomar café ou esteja completamente sem um tostão no bolso.), fez com que eu perdesse tempo pra caralho tentando fazer um café decente.
Não posso me considerar um barista, mas tá nos meus planos de vida tirar um curso sobre isso quando eu tiver uma grana sobrando, mas eu acho que posso dizer que aprendi, com esses mais de 5 anos fazendo café quase diariamente, a fazer um cafézinho OKAY.
Sério, quando eu comecei, eu não conseguia fazer nem café solúvel pra salvar a minha vida.
Se um assaltante botasse uma arma na minha cabeça e falasse "faz um café manerão aí pra mim, jhow, ou cê morre" quando eu tinha 15 anos de idade, eu ia pedir 2 minutinhos pra mandar uma mensagem de adeus pra minha mãe.
Uma vez eu passei café e ficou TÃO RUIM que eu fiquei 1 semana sem tomar café. Traumatizei, serião.
Então, se café é tão importante pra você quanto é pra mim, ou se você só quer seduzir aquela menininha indie que acha que Starbucks é a melhor coisa do mundo, toma aí minhas DICAS PARA UM CAFÉ BALAÇO SUPIMPOSO:
Use leite fresco
Pode parecer meio besta falar, mas se você for tomar qualquer tipo de café com leite, seja o lendário pingado ou um latte, use leite integral e, de preferência, frio. Deixa o leite em pó pra quem não pode tomar leite integral. O leite frio é essencial pra formação da espuma de consistência suave nas bebidas a base de espresso e leite. Se você tentar espumar um leite quente, vai ficar com algo com a mesma textura que espuma de sabão.
Use café fresco
Você já cortou uma maçã em dois e deixou 'descansando'? Fica marrom, molenga, nojenta e com gosto de coisa velha, né?
Com o café é igual. Assim que o café é moído, como a maçã quando é cortada, ele começa um processo químico chamado de oxidação. A oxidação nas maçãs deixa elas velhas, pretas e molengas. No café, deixa com gosto de barro, amargo e com cor de água de lavagem. Diga não pra oxidação, compre café em pequenas quantidades (Eu recomendo embalagens de 100 gramas se você for usar pra espresso, e 250 gramas pra pingado/passado), guarde em potes selados como tupperwares se você for frozô ou num vidro de conserva, e longe da luz do sol.
Aprenda sobre os níveis de torra de grão
Você já deve ter pego uma embalagem de café e lido que ele tem "torra média", "torra clara" ou "torra escura", certo? Os grãos de café são coisinhas lindinhas e verdinhas quando você colhe, e pra você fazer o néctar dos deuses, são submetidos a uma torragem, mais ou menos como aqueles amendoins em casca que seu vô torrava no fogão a lenha no inverno e depois passava 3 horas exalando gases tóxicos.
Existem uns 10 níveis de torra de café, que vão desde "cê tem certeza que esse negócio aqui tava no forno?" até "mais torrado que o saldo do meu cartão de crédito".
Quanto mais claro, mais sabor e menos cafeína o café tem, e isso se altera em proporção: Quanto mais escurinho, menos você consegue sentir das "notas" do café em detrimento do amargor e do soco da cafeína. As torras recomendadas para espresso são as médias-claras e médias (de 3 até 5), e pro resto dos cafés, vai do seu gosto. Só lembre que no Brasil é difícil, beirando a impossibilidade, de achar qualquer torra mais fraca que "média" em marcas de mercado, o que nos leva a próxima dica...
Compre café local
Sempre que possível, compre café com produtores locais. Se não tiver produtores, procure alguma loja de produtos coloniais ou produtos naturais. Eles geralmente vão, se não torrar na hora, moer o café na hora. E você já sabe que café fresco é café bom, né?
Devagar com a água
Se você for uma pessoa mais simples, que tá lendo essas dicas todas e pensando "MANO, tô nem aí pra espresso e pra esses negócios de torra de café, só quero saber por que DIABOS meu cafézinho no coador sai com o gosto parecendo o do sangue de Satã", eu tenho algo que pode ser a sua resposta:
Vira essa chaleira devagarinho.
Quando você tiver fazendo um cafézinho no coador, o objetivo não é você fazer uma piscina de cafézão e esperar filtrar, e sim, ir molhando o café aos poucos. A máquina se chama drip coffee e não soak coffee por um motivo: Quanto mais tempo o café passa em contato com a água, mais cafeína sai dele. Quanto mais cafeína, mais amargo fica o café. Logo, o efeito "Sangue de Satanás Diluido em Água de Esgoto". Se você deixar com que a água passe aos poucos pelo café, sem ensopar ele, você dilui menos cafeína e mais óleos essenciais do café. Mais óleos essenciais, maior o sabor.
É tipo matemática, mas sem os números e com café, o que implica que é bem melhor.
Compre uma máquina de espresso se der
É, eu não tô sendo patrocinado por nenhuma empresa que faz máquinas de espresso, mas elas podem me patrocinar se tiverem afim. Viva o capitalismo.
Não dá pra negar que o espresso é a melhor forma de se tomar café. Enquanto pra algumas pessoas ele é muito forte, a quantia de bebidas, o aroma, o sabor e a quantia de cafeína que tem num shot de espresso são vantagens que só são negadas pelo fato que, se você for como eu pra tomar café, sua mão esquerda vai criar vida própria na segunda semana.
Sem contar que a maioria das máquinas de espresso tem uma foaming wand com opção pra água quente ao invés de vapor, o que significa que você nunca mais vai precisar por a chaleira no fogo pra fazer aquele cházinho de hortelã pós-janta-recheada-de-torresmo-e-cerveja.
Aprenda a fazer espuma
Tá, você quer fazer uma espuminha cremosa bacana pra por em cima do café da minazinha, mas não tem nem um espumador de leite (É difícil achar esses negócios aqui no Brasil, eu sei) e nem uma máquina de espresso com foaming wand. NADA TEMA, pois a textura de nuvens estilo-Starbucks-do-Paraguai está a seu alcance com implementos culinários que todo mundo tem em casa:
(Ahem, eu falei "Estilo Starbucks do Paraguai", por que essa espuma é "quase legítima". Pra fazer uma espuma com microtextura igual aquelas que você usa pra fazer desenho no café você precisa injetar vapor no leite, e pra isso, você precisa de uma varinha de vapor ou de um espumador. Foi mal.)
Pra fazer a espuminha marota Starbucks Piratex, você vai precisar de:
Não consigo ficar mais que um dia sem tomar café, e apesar de me contentar com o meu drip coffee de máquina -- bendito seja o criador desse negócio que me permite ter café relativamente fresco pelo dia todo com o mínimo de esforço -- pro dia a dia, eu sou, admitidamente, um daqueles GOURMETÃO DE CAFÉ.
Sim, aquela gente irritante que paga 10 reais por um copo de café, passa mais tempo perto de cafeterias do que é saudável e tudo mais.
Graças a essa gourmetice de café, além de ter perdido muita grana na minha vida (Não consigo resistir a uma cafeteria nova, a menos que eu tenha acabado de tomar café ou esteja completamente sem um tostão no bolso.), fez com que eu perdesse tempo pra caralho tentando fazer um café decente.
Não posso me considerar um barista, mas tá nos meus planos de vida tirar um curso sobre isso quando eu tiver uma grana sobrando, mas eu acho que posso dizer que aprendi, com esses mais de 5 anos fazendo café quase diariamente, a fazer um cafézinho OKAY.
Sério, quando eu comecei, eu não conseguia fazer nem café solúvel pra salvar a minha vida.
Se um assaltante botasse uma arma na minha cabeça e falasse "faz um café manerão aí pra mim, jhow, ou cê morre" quando eu tinha 15 anos de idade, eu ia pedir 2 minutinhos pra mandar uma mensagem de adeus pra minha mãe.
Uma vez eu passei café e ficou TÃO RUIM que eu fiquei 1 semana sem tomar café. Traumatizei, serião.
Então, se café é tão importante pra você quanto é pra mim, ou se você só quer seduzir aquela menininha indie que acha que Starbucks é a melhor coisa do mundo, toma aí minhas DICAS PARA UM CAFÉ BALAÇO SUPIMPOSO:
Use leite fresco
Pode parecer meio besta falar, mas se você for tomar qualquer tipo de café com leite, seja o lendário pingado ou um latte, use leite integral e, de preferência, frio. Deixa o leite em pó pra quem não pode tomar leite integral. O leite frio é essencial pra formação da espuma de consistência suave nas bebidas a base de espresso e leite. Se você tentar espumar um leite quente, vai ficar com algo com a mesma textura que espuma de sabão.
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Leite fresco = espuminha supimpa. Leite quente = Espuma de detergente. |
Use café fresco
Você já cortou uma maçã em dois e deixou 'descansando'? Fica marrom, molenga, nojenta e com gosto de coisa velha, né?
Com o café é igual. Assim que o café é moído, como a maçã quando é cortada, ele começa um processo químico chamado de oxidação. A oxidação nas maçãs deixa elas velhas, pretas e molengas. No café, deixa com gosto de barro, amargo e com cor de água de lavagem. Diga não pra oxidação, compre café em pequenas quantidades (Eu recomendo embalagens de 100 gramas se você for usar pra espresso, e 250 gramas pra pingado/passado), guarde em potes selados como tupperwares se você for frozô ou num vidro de conserva, e longe da luz do sol.
Aprenda sobre os níveis de torra de grão
Você já deve ter pego uma embalagem de café e lido que ele tem "torra média", "torra clara" ou "torra escura", certo? Os grãos de café são coisinhas lindinhas e verdinhas quando você colhe, e pra você fazer o néctar dos deuses, são submetidos a uma torragem, mais ou menos como aqueles amendoins em casca que seu vô torrava no fogão a lenha no inverno e depois passava 3 horas exalando gases tóxicos.
Existem uns 10 níveis de torra de café, que vão desde "cê tem certeza que esse negócio aqui tava no forno?" até "mais torrado que o saldo do meu cartão de crédito".
Quanto mais claro, mais sabor e menos cafeína o café tem, e isso se altera em proporção: Quanto mais escurinho, menos você consegue sentir das "notas" do café em detrimento do amargor e do soco da cafeína. As torras recomendadas para espresso são as médias-claras e médias (de 3 até 5), e pro resto dos cafés, vai do seu gosto. Só lembre que no Brasil é difícil, beirando a impossibilidade, de achar qualquer torra mais fraca que "média" em marcas de mercado, o que nos leva a próxima dica...
Compre café local
Sempre que possível, compre café com produtores locais. Se não tiver produtores, procure alguma loja de produtos coloniais ou produtos naturais. Eles geralmente vão, se não torrar na hora, moer o café na hora. E você já sabe que café fresco é café bom, né?
Devagar com a água
Se você for uma pessoa mais simples, que tá lendo essas dicas todas e pensando "MANO, tô nem aí pra espresso e pra esses negócios de torra de café, só quero saber por que DIABOS meu cafézinho no coador sai com o gosto parecendo o do sangue de Satã", eu tenho algo que pode ser a sua resposta:
Vira essa chaleira devagarinho.
Quando você tiver fazendo um cafézinho no coador, o objetivo não é você fazer uma piscina de cafézão e esperar filtrar, e sim, ir molhando o café aos poucos. A máquina se chama drip coffee e não soak coffee por um motivo: Quanto mais tempo o café passa em contato com a água, mais cafeína sai dele. Quanto mais cafeína, mais amargo fica o café. Logo, o efeito "Sangue de Satanás Diluido em Água de Esgoto". Se você deixar com que a água passe aos poucos pelo café, sem ensopar ele, você dilui menos cafeína e mais óleos essenciais do café. Mais óleos essenciais, maior o sabor.
É tipo matemática, mas sem os números e com café, o que implica que é bem melhor.
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Seu objetivo é esse formigueiro molhado de café, e não uma simulação do rio Tietê quando chove. |
Compre uma máquina de espresso se der
É, eu não tô sendo patrocinado por nenhuma empresa que faz máquinas de espresso, mas elas podem me patrocinar se tiverem afim. Viva o capitalismo.
Não dá pra negar que o espresso é a melhor forma de se tomar café. Enquanto pra algumas pessoas ele é muito forte, a quantia de bebidas, o aroma, o sabor e a quantia de cafeína que tem num shot de espresso são vantagens que só são negadas pelo fato que, se você for como eu pra tomar café, sua mão esquerda vai criar vida própria na segunda semana.
Sem contar que a maioria das máquinas de espresso tem uma foaming wand com opção pra água quente ao invés de vapor, o que significa que você nunca mais vai precisar por a chaleira no fogo pra fazer aquele cházinho de hortelã pós-janta-recheada-de-torresmo-e-cerveja.
Aprenda a fazer espuma
Tá, você quer fazer uma espuminha cremosa bacana pra por em cima do café da minazinha, mas não tem nem um espumador de leite (É difícil achar esses negócios aqui no Brasil, eu sei) e nem uma máquina de espresso com foaming wand. NADA TEMA, pois a textura de nuvens estilo-Starbucks-do-Paraguai está a seu alcance com implementos culinários que todo mundo tem em casa:
(Ahem, eu falei "Estilo Starbucks do Paraguai", por que essa espuma é "quase legítima". Pra fazer uma espuma com microtextura igual aquelas que você usa pra fazer desenho no café você precisa injetar vapor no leite, e pra isso, você precisa de uma varinha de vapor ou de um espumador. Foi mal.)
Pra fazer a espuminha marota Starbucks Piratex, você vai precisar de:
- Leite integral gelado. Desnatado ou Light não rola.
- Uma tigela que possa ir no microondas. Se tiver bico pra servir, melhor ainda.
- Um fuê, batedor de claras ou um garfão mesmo se você não tiver essas frescura aí.
- Um microondas.
Sirva no máximo meio copo de leite gelado na sua tigela, incline ela pro ladinho, e bata o leite com o fuê como se ele te devesse dinheiro ou tivesse arranhado a lateral do seu carro com uma chave. Por uns 5 minutos, mais ou menos.
Microondeie por uns 30 segundos pra estabilizar essa espuma (Ou ela vai desaparecer assim que você colocar ela no café) e TCHÃRÃN: Espuminha sacana piratex do Starbucks pronta. Agora a parte de colocar esse negócio no café é contigo, filhão.
DICA EXTRA PRA QUEM É FILHADAPUTÍSSIMAMENTE PREGUIÇOSO
Se você é filhadaputíssimamente preguiçoso e tem grana a dar com rodo, compra logo uma máquina de café de cápsula estilo a Dolce Gusto ou a Tres. Vou apanhar dos puristas cafezeiros, mas o negócio é legit: O café fica mó bom.
Quando eu tinha 8 anos de idade, eu achava todo o negócio de "carros" uma coisa chata pra cacete.
Até os 16 anos de idade eu trocaria um carro por um notebook novo sem pensar duas vezes.
Afinal, que diferença faz um carro? A outra opção seria rodar Skyrim em High Resolution.
Na época, minha decisão parecia plenamente lógica: Eu nunca saía de casa mesmo, passava o dia inteiro na frente do computador jogando, os únicos lugares que eu iria eram a faculdade e a casa da minha namorada mesmo, e pra isso dava pra pegar busão.
E eu ainda podia ir ouvindo uma musiquinha e lendo um livro bala.
Fast-forward pra quatro anos depois:
Já troquei de veículo 3 vezes desde os meus 17 anos (Quando ganhei um Gol do meu pai). O computador continua igual o que eu tinha quando tinha 16, e ainda não roda Skyrim em High Res.
O fato é que alguma coisa nos motores faz com que nossos corações batam mais forte.
Uma mulher pode amar o seu carro, mas são raras as mulheres que ficariam admirando a beleza poética do ronco de um V8. (Inclusive, se você achar uma assim, é uma boa você tentar casar com ela. Sério).
Já o inverso é verdadeiro: São poucos os homens, héteros, gays, ativos, passivos, que não sentem o coração flutuar ao ouvir o lendário "Vê-oitão boca de cachorro".
Não que tenha algo errado com quem não gosta ou é indiferente, mas esse texto aqui é justamente pra quem sente o coração bater junto da árvore de comando.
Minha paixão com veículos começou pequena, admito: Eu nunca fui fã de carros, mas já motos...
Minha primeira foi uma Intruder, 125cc.
Como todo dono de Intruder, meu sonho era uma Shadow, que eu não peguei por falta de grana e por falta de habilidade. Confia em mim, Ninguém deve pegar uma moto de 600cc pra começar a andar a menos que o objetivo final seja suicídio. Um suicídio maneiro pra caralho, mas suicidio mesmo assim.
Logo, como todo dono de Intruder, não consegui segurar muito tempo a vontade de modificar ela.
Em menos de um ano, resolvi fazer (com a ajuda do meu pai, um cara que se eu tiver 50% da habilidade em arrumar coisas mecânicas com um pedaço de arame e um rolo de fita adesiva eu posso me chamar de MacGyver) um banco solo, comprar alforges, comando avançado, arrumar o guidão. Até consegui uma águia maneirassa pra colocar no paralama dianteiro.
Aquela moto era meu xodó e a minha paixão, e eu nem me importava que ela tinha tanto ferro no chassi que o motor de 125 cilindradas dela não conseguia passar de 90 km/h.
Aí eu terminei um relacionamento de dois anos de uma forma nem um pouco agradável.
Tristeza, dor interminável, etc. Você já passou por isso.
Aí um dia eu desmontei toda minha moto, sem motivo nenhum.
Pedaço por pedaço, cada uma das modificações que eu demorei meses pra fazer e encaixar sob medida com uma esmerilhadeira e uma solda de eletrodo do meu pai, foi separada, desmontada, repintada, limpada, engraxada e equipada com parafusos novos e porcas de segurança. Discos, pastilhas, lonas de freios, limpas e trocadas. Óleo trocado num cavalete na minha garagem, filtros de ar e de óleo novos, fluído de freio. Até a elétrica que ficava escondida sob um painel de ferro (antes da modificação, ficava sob o banco) eu limpei, fio por fio.
Foi o final de semana mais longo que eu já tive. Eu perdi a conta de quanta pele nos dedos eu perdi, quantos palavrões eu soltei e quantas latas de cerveja eu bebi.
E depois desse final de semana onde eu não conseguia mais nem entender a diferença entre meus dedos, a poeira e a graxa sem precisar de quase um litro de querosene, toda a tristeza e a dor interminável tinham passado.
Carros e motos tem esse poder. Você pode subir em cima de um veículo e aí nada mais faz diferença além de você, a máquina e a estrada.
Ao reparar um carro, você repara a sua alma. Ao ligar um motor que você acabou de arrumar e ouvir o carro roncando, é uma pequena vitória palpável. Ao ver aquele cromado arranhado brilhando como novo é como ouvir os anjos da mecânica cantando louvores. Esse é um dos motivos pelos quais eu acho que nós amamos carros; Satisfação imediata.
Até os 16 anos de idade eu trocaria um carro por um notebook novo sem pensar duas vezes.
Afinal, que diferença faz um carro? A outra opção seria rodar Skyrim em High Resolution.
Na época, minha decisão parecia plenamente lógica: Eu nunca saía de casa mesmo, passava o dia inteiro na frente do computador jogando, os únicos lugares que eu iria eram a faculdade e a casa da minha namorada mesmo, e pra isso dava pra pegar busão.
E eu ainda podia ir ouvindo uma musiquinha e lendo um livro bala.
Fast-forward pra quatro anos depois:
Já troquei de veículo 3 vezes desde os meus 17 anos (Quando ganhei um Gol do meu pai). O computador continua igual o que eu tinha quando tinha 16, e ainda não roda Skyrim em High Res.
O fato é que alguma coisa nos motores faz com que nossos corações batam mais forte.
Uma mulher pode amar o seu carro, mas são raras as mulheres que ficariam admirando a beleza poética do ronco de um V8. (Inclusive, se você achar uma assim, é uma boa você tentar casar com ela. Sério).
Já o inverso é verdadeiro: São poucos os homens, héteros, gays, ativos, passivos, que não sentem o coração flutuar ao ouvir o lendário "Vê-oitão boca de cachorro".
Não que tenha algo errado com quem não gosta ou é indiferente, mas esse texto aqui é justamente pra quem sente o coração bater junto da árvore de comando.
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Eu vejo esse carro e fico com uma ereção difícil de explicar, mas totalmente compreensível |
Minha primeira foi uma Intruder, 125cc.
Como todo dono de Intruder, meu sonho era uma Shadow, que eu não peguei por falta de grana e por falta de habilidade. Confia em mim, Ninguém deve pegar uma moto de 600cc pra começar a andar a menos que o objetivo final seja suicídio. Um suicídio maneiro pra caralho, mas suicidio mesmo assim.
Logo, como todo dono de Intruder, não consegui segurar muito tempo a vontade de modificar ela.
Em menos de um ano, resolvi fazer (com a ajuda do meu pai, um cara que se eu tiver 50% da habilidade em arrumar coisas mecânicas com um pedaço de arame e um rolo de fita adesiva eu posso me chamar de MacGyver) um banco solo, comprar alforges, comando avançado, arrumar o guidão. Até consegui uma águia maneirassa pra colocar no paralama dianteiro.
Aquela moto era meu xodó e a minha paixão, e eu nem me importava que ela tinha tanto ferro no chassi que o motor de 125 cilindradas dela não conseguia passar de 90 km/h.
Aí eu terminei um relacionamento de dois anos de uma forma nem um pouco agradável.
Tristeza, dor interminável, etc. Você já passou por isso.
Aí um dia eu desmontei toda minha moto, sem motivo nenhum.
Pedaço por pedaço, cada uma das modificações que eu demorei meses pra fazer e encaixar sob medida com uma esmerilhadeira e uma solda de eletrodo do meu pai, foi separada, desmontada, repintada, limpada, engraxada e equipada com parafusos novos e porcas de segurança. Discos, pastilhas, lonas de freios, limpas e trocadas. Óleo trocado num cavalete na minha garagem, filtros de ar e de óleo novos, fluído de freio. Até a elétrica que ficava escondida sob um painel de ferro (antes da modificação, ficava sob o banco) eu limpei, fio por fio.
Foi o final de semana mais longo que eu já tive. Eu perdi a conta de quanta pele nos dedos eu perdi, quantos palavrões eu soltei e quantas latas de cerveja eu bebi.
E depois desse final de semana onde eu não conseguia mais nem entender a diferença entre meus dedos, a poeira e a graxa sem precisar de quase um litro de querosene, toda a tristeza e a dor interminável tinham passado.
Carros e motos tem esse poder. Você pode subir em cima de um veículo e aí nada mais faz diferença além de você, a máquina e a estrada.
Ao reparar um carro, você repara a sua alma. Ao ligar um motor que você acabou de arrumar e ouvir o carro roncando, é uma pequena vitória palpável. Ao ver aquele cromado arranhado brilhando como novo é como ouvir os anjos da mecânica cantando louvores. Esse é um dos motivos pelos quais eu acho que nós amamos carros; Satisfação imediata.
Homens e Mulheres e Perigo e as Máquinas
OK, isso é um fato: Homens são os maiores responsáveis por acidentes de trânsito. Qualquer instrutor de autoescola pode te afirmar isso com mais fatos que você precisa pra acreditar.
Nós somos irresponsáveis com carros nas mãos.
Mulheres adoram velocidade também, mas nenhuma mulher que eu conheci vai se gabar pras amigas na academia da ultrapassagem a 180 por hora em uma via de mão única.
Ok, você pode ser o motorista mais responsável na Terra, aquele cara que nunca passa da velocidade limite da via, mas você quer mesmo que eu acredite que você ia segurar esse pézinho no acelerador se tivesse dirigindo uma Ferrari?
Veículos são tipo a forma mais acessível de esporte radical perigoso que a gente tem hoje em dia. É sério, uma moto de 250cc e 400 reais e você pode passar o dia brincando de Valentino Rossi até morrer.
Só não tenta chutar o amiguinho pra fora da pista, Ok?
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Pra se matar nessa pista aqui você precisa de umas 800cc a mais, um pouco mais do que 400 reais e muito menos amor a vida. (Isle of Man TT) |
Homens são agressivos, e carros são como um conjunto de armadura e espada de uma tonelada com escape esportivo e turbo, e estradas são como versões modernas em alta velocidade do Coliseu.
Meu pai é uma pessoa calma pra caralho, mas no carro? Eu já vi ele xingar um cara por andar 2 kmph abaixo do limite de velocidade.
Esse é outro dos motivos pelos quais eu acho que nós amamos carros. É uma forma fácil de liberar todo nosso estresse através de adrenalina e velocidade.
Segura? Nem um pouco.
Divertido? Pra caralho.
Competitividade
Homens, assim como os machos dos pavões ou dos cervos, precisam competir.
Na origem da raça humana, o objetivo disso era garantir que os genes mais saudáveis se mantessem no topo da piscina genética humana.
Hoje em dia, esse resquicio comportamental acaba virando competições de academia, brigas de bar, e rachas no meio da noite.
Carros e motos são uma forma de homens competirem entre si.
Minha Intruder 125 era perfeita pra mim: Pra que diabos andar a mais que 90 kmph se eu só usava ela pra ir pra faculdade?
Bom, eu não sei. Mas eu comprei uma moto maior, com certeza.
A minha moto atual (Uma respeitável naked de 300cc) tem potência até mais que necessária pra QUALQUER tipo de uso urbano e pra viajar que eu possa querer.
Quando eu tiver grana, eu vou comprar uma moto maior. Com certeza.
Motos e carros são uma forma de homens competirem um pouco mais, e cê sabe que a gente adora isso.
Se você não gostasse de competir, você ia zoar seu amigo pelo time dele estar na segunda divisão?
A gente faz até comer pizza virar competição, caraio, por que diabos nossos veículos estariam livres disso?
E isso é divertido demais.
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E essa última foto pra vocês não dizerem que eu não amo vocês. |
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