25
jul
2014
Sobre masculinidade, hombridade e a diferença entre os sexos.
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1 Comentários
Ultimamente, a palavra "masculinidade" e seus relativos ("másculo" e outros) tem se tornado meio que uma piada. Isso não é culpa da masculinidade em si, mas da deturpação que a sociedade gerou em torno dela.
Somos acostumados com a ideia de que ser "macho" envolve ser um sujeito desleixado (Por que homem não se importa com aparência), mal-educado, misógino, preconceituoso, etc.
Por alguns anos, o que aprendemos como macho, e que aprendemos a evitar ser, é esse estereótipo aqui:
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Apesar de que todos nós gostamos de cervejas e charutos, moderadamente. |
O problema disso é um só, e um bem simples: Está errado.
Não é isso que é ser macho, sinto em informar.
Para diferenciar, o termo mais utilizado é "hombridade", ao invés de masculinidade.
A sociedade teima em dizer que o homem que tenta se afirmar como homem está "mal guiado", "antiquado".
São as virtudes de um homem indesejáveis? Vivemos numa sociedade em que conceitos como honra, honestidade, racionalidade, firmeza de caráter, responsabilidade e moral são indesejáveis?
Devo afirmar que não. Na verdade, mais que nunca essas virtudes se mostram necessárias.
Uma das minhas frases favoritas sobre a masculinidade é:
Antigamente, era uma escolha feita por você. A vida o forçava a ser homem, mas hoje em dia, a decisão é sua. A sociedade não vai te forçar a ser honesto, não vai te forçar a ter caráter, já que ela não precisa mais disso para sobreviver. Seu clã ou sua tribo não precisam mais que você seja corajoso para caçar elefantes, nem de que você seja esforçado no seu trabalho. Essas coisas agora refletem somente em você, e não na sociedade em geral.
Durante anos, o homem, que teve seu papel realocado para o de provedor da família, tem se visto cada vez menos centralizado. Não existem mais atividades "de homem", e isso é extremamente prejudicial para a sociedade toda.
Temos fobia de falar que algo é "coisa de menino". Vivemos numa cultura em que tudo é unissex, todos são independentes, todos são individuais.
Não é isso que é ser macho, sinto em informar.
Para diferenciar, o termo mais utilizado é "hombridade", ao invés de masculinidade.
A sociedade teima em dizer que o homem que tenta se afirmar como homem está "mal guiado", "antiquado".
São as virtudes de um homem indesejáveis? Vivemos numa sociedade em que conceitos como honra, honestidade, racionalidade, firmeza de caráter, responsabilidade e moral são indesejáveis?
Devo afirmar que não. Na verdade, mais que nunca essas virtudes se mostram necessárias.
Uma das minhas frases favoritas sobre a masculinidade é:
Você não tem controle sobre ter nascido um homem. Mas ser um Homem -- Isto é, viver pelos antigos códigos de hombridade -- é uma escolha.
Antigamente, era uma escolha feita por você. A vida o forçava a ser homem, mas hoje em dia, a decisão é sua. A sociedade não vai te forçar a ser honesto, não vai te forçar a ter caráter, já que ela não precisa mais disso para sobreviver. Seu clã ou sua tribo não precisam mais que você seja corajoso para caçar elefantes, nem de que você seja esforçado no seu trabalho. Essas coisas agora refletem somente em você, e não na sociedade em geral.
Durante anos, o homem, que teve seu papel realocado para o de provedor da família, tem se visto cada vez menos centralizado. Não existem mais atividades "de homem", e isso é extremamente prejudicial para a sociedade toda.
Temos fobia de falar que algo é "coisa de menino". Vivemos numa cultura em que tudo é unissex, todos são independentes, todos são individuais.
Hombridade como virtude
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Um termo pouco conhecido, chamado Eudaimonia, significa "desenvolvimento humano", é pregado por Aristóteles e vários outros filósofos como o único caminho verdadeiro para a felicidade e a auto-realização de um homem. Então, pela lógica aristotélica, o único caminho de ser um homem realmente feliz e satisfeito, é ser o melhor homem que você pode ser.
OK, algumas pessoas não gostam de Aristóteles, ele errou algumas coisas, então vamos falar sobre Romanos. Todo mundo gosta de romanos, metade da nossa cultura atual se baseia neles.
Vamos ver o que os romanos acham da masculinidade/hombridade:
A palavra vir, homem em latim, dá origem a virtude romana Virtus, que, como podemos adivinhar sem precisarmos ser gênios, dá origem à palavra moderna Virtude.
Originalmente uma virtude marcial, sobre o autocontrole em batalha, virtus passou a designar uma série de virtudes que a cultura romana julgava imprescindível para qualquer homem, que eram, dentre tantas:
- Prudentia - Prudência
- Iustitia - Justiça
- Temperantia - Auto-controle
- Fortitudo - Coragem
Com o passar do tempo, um homem virtus, virtuoso, passou a designar não apenas um bom guerreiro, mas sim um bom homem, confiável, alguém que você queira ter ao seu lado num tempo difícil.
Essas virtudes são essenciais para todo homem, e em todo momento.
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Nessas horas, nada é mais importante que confiar em quem está ao seu lado. |
E sim, mulheres também podem possuir virtus, e é por isso que definimos o termo como hombridade:
É a diferença entre um Homem e uma Criança.
A masculinidade superficial, aquela que aprendemos a evitar, é a que difere entre homens e mulheres:
"Brincar de casinha é coisa de menina e jogar bola é coisa de menino";
É uma masculinidade superficial, fraca:
"Brincar de casinha é coisa de menina e jogar bola é coisa de menino";
É uma masculinidade superficial, fraca:
Ela foca apenas nas aparências, e não nas virtudes.
Você não precisa ser virtuoso pra arrotar alto.
A hombridade, aquilo que nós todos devemos buscar, é a diferença entre a criança, irresponsável e temerosa, e o adulto, responsável, que admite seus erros e busca a Eudeimonia, ou seja, a melhora de si mesmo, através de seus atos e suas virtudes.
É claro que existem diferenças entre os homens e as mulheres: Apesar de buscarmos as mesmas virtudes, encontramo-nas de formas diferentes, até mesmo na natureza:
Assim como a fêmea do lobo demonstra sua coragem ao defender suas crias, o macho a demonstra caçando presas grandes o suficientes para assim poder alimentar sua alcatéia e dessa forma, dar uma vida melhor a seus filhotes.
A mulher que educa seus filhos quando não está trabalhando é tão virtuosa quanto a mulher que é independente e que mantém sua própria vida, assim como é virtuoso o homem que trabalha de maneira infindável para proporcionar conforto a sua família e a sua comunidade.
Lembrem-se, não existe desonra, nem apequenamento no trabalho honesto, seja para si, ou para o próximo. A humanidade jamais teria chegado aonde chegou se não fossemos virtuosos e confiáveis.
Até a próxima!
Otimo texto. Boa reflexão
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