24
fev
2015
Apelação na internet. Pare com isso.
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É uma coisa sabida de todos que o ser humano é desde os primórdios um ser social.
Ele quer ser visto.
Quer ser reconhecido.
Gosta do poder de influenciar e ser admirado por seus pares.
Agrupamentos humanos foram profundamente importantes para a sobrevivência da nossa espécie e bem estar dos integrantes, através de demonstrações de suas habilidades o conhecimento pode ser passado de geração para geração.
Mas atualmente o que se vê é uma hiper-valorização ego, da onipresença nas redes sociais do "EI, EU ESTOU AQUI E QUERO QUE TODOS ME VEJAM".
A versão anabolizada da famosa frase "Minha vida é um livro aberto", em que sua vida é um livro impresso em folhas do tamanho A3 e coladas no chão para que absolutamente todos vejam suas belas atividades diárias.
Através da literalidade máxima desse ditado popular as pessoas lotam o feed das redes sociais com milhões de palavras pixelizadas e eternizados pelas lentes de seus gadgets em momentos impares ou extremamente repetidos mas que possam satisfazer seu desejo de ser visto pela sua tribo.
A privacidade na internet que já é tão vasculhada pelos serviços secretos e agências de monitoramento fica ainda mais frágil quando não se tem limite, uma fisgada na ponta do dedo antes de clicar no botão "Postar".
Além de cansar os olhos e a mente de quem está do outro lado da tela com tantas duck faces, selfies, belfies e tantos outros significados para buscar o tão almejado ângulo perfeito do tamanho do seu ego, essas imagens acabam perdendo o prestígio, e não estou falando na quantidade de curtidas, mas sim aquele sentimento de: "Nossa esse deve ter sido um momento importante para o meu amigo/conhecido/ídolo, esse meu like/comentário deve realmente carregar consigo todo o meu prazer em ver isso."
E assim os pequenos prazeres da vida vão ficando obsoletos mediante a abundante chuva de imagens mais interessantes que veem a seguir na lista de upload dos seus amigos.
Quero deixar claro que não estou exigindo a abolição das postagens de imagens na internet, mas sim que antes de você postar, tire um tempo pra reflexão. Use um filtro diferente dos usados no Instagram. Use o filtro do bom senso.
Será que a importância do momento não seria mais significativa se apenas ficasse na memória dos envolvidos? Ou até mesmo só um registro guardado e esquecido na sua pasta de imagens e que por vezes você esbarra procurando um arquivo qualquer e quando há o reencontro com essa imagem, explode uma sensação de nostalgia que dificilmente as outras pessoas irão entender se estivesse na sua timeline.
O Ego
Companheiro diário de todos nós ele deve ser criado na rédea curta, alimentado com consciência para que o adestrador não seja domado por ele.
Seja conhecido pelas sua qualidade, não pela quantidade.
Ele quer ser visto.
Quer ser reconhecido.
Gosta do poder de influenciar e ser admirado por seus pares.
Agrupamentos humanos foram profundamente importantes para a sobrevivência da nossa espécie e bem estar dos integrantes, através de demonstrações de suas habilidades o conhecimento pode ser passado de geração para geração.
Mas atualmente o que se vê é uma hiper-valorização ego, da onipresença nas redes sociais do "EI, EU ESTOU AQUI E QUERO QUE TODOS ME VEJAM".
A versão anabolizada da famosa frase "Minha vida é um livro aberto", em que sua vida é um livro impresso em folhas do tamanho A3 e coladas no chão para que absolutamente todos vejam suas belas atividades diárias.
Uma imagem vale mais que mil palavras
Através da literalidade máxima desse ditado popular as pessoas lotam o feed das redes sociais com milhões de palavras pixelizadas e eternizados pelas lentes de seus gadgets em momentos impares ou extremamente repetidos mas que possam satisfazer seu desejo de ser visto pela sua tribo.
A privacidade na internet que já é tão vasculhada pelos serviços secretos e agências de monitoramento fica ainda mais frágil quando não se tem limite, uma fisgada na ponta do dedo antes de clicar no botão "Postar".
Além de cansar os olhos e a mente de quem está do outro lado da tela com tantas duck faces, selfies, belfies e tantos outros significados para buscar o tão almejado ângulo perfeito do tamanho do seu ego, essas imagens acabam perdendo o prestígio, e não estou falando na quantidade de curtidas, mas sim aquele sentimento de: "Nossa esse deve ter sido um momento importante para o meu amigo/conhecido/ídolo, esse meu like/comentário deve realmente carregar consigo todo o meu prazer em ver isso."
E assim os pequenos prazeres da vida vão ficando obsoletos mediante a abundante chuva de imagens mais interessantes que veem a seguir na lista de upload dos seus amigos.
"Quanto menos se pensa, mais se fala"Montesquieu.
Será que a importância do momento não seria mais significativa se apenas ficasse na memória dos envolvidos? Ou até mesmo só um registro guardado e esquecido na sua pasta de imagens e que por vezes você esbarra procurando um arquivo qualquer e quando há o reencontro com essa imagem, explode uma sensação de nostalgia que dificilmente as outras pessoas irão entender se estivesse na sua timeline.
O Ego
Companheiro diário de todos nós ele deve ser criado na rédea curta, alimentado com consciência para que o adestrador não seja domado por ele.
Seja conhecido pelas sua qualidade, não pela quantidade.