13
jul
2015

O hábito de fumar cachimbos

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[Atenção: Esse texto foi reproduzido do meu blog antigo, o Olde Scotsman, e atualizado para tempos modernos.]

Comecei a fumar cachimbos quando eu tinha 16 anos de idade. Sim, eu sei, eu era muito novo. Hoje é o aniversário de 3 anos do meus primeiro cachimbo.

A alguns anos, o hábito de fumar um cachimbo tem se tornado malvisto, devido a influência social, como qualquer cachimbeiro no Brasil pode notar.
“É coisa de velho” é, possivelmente, a exclamação mais frequente quando descobrem que alguém possui esse hábito, especialmente se a pessoa se encontra abaixo dos 40 anos.
Realmente, o cigarro é a única opção viável para quem fuma em festas e eventos desse tipo, ou pra quem só consegue achar tempo pra fumar em entreturnos e períodos de folga.
Claro que eu deixaria clara aqui minha preferência por bons e rústicos palheiros, daqueles que meu avô fazia na frente da lareira todo domingo de inverno no Rio Grande do Sul, visto que são tão práticos quanto cigarros, e, na minha percepção, melhores.

Porém, como aprendi, o tabaco é um aditivo louvável a vida de qualquer pessoa quando em quantidades moderadas e apreciado em seu devido tempo, algo que cigarros não nos fornecem de forma alguma.
Devido a sua queima rápida, um cigarro (cancer nail, literalmente, "pregos de câncer", como são conhecidos em diversos fórums de cachimbeiros pela internet a fora) serve mais como uma espécie de "ampola de nicotina", uma forma rápida de aliviar a vontade, do que uma forma de apreciação do tabaco.


George C. Scott em They Might be Giants

George C. Scott podia não ser Sherlock Holmes, mas estava convencido o suficiente disso para usarmos a imagem dele aqui. (They Might Be Giants, 1971)

O cachimbo é a ferramenta favorita para auxiliar no raciocínio de sábios ao longo dos tempos. Como notável exemplo na cultura ocidental, temos a figura moderna de Sherlock Holmes, o meticuloso e audaz detetive residente da Rua Baker, 221B.




Mas não nos atendo ao limite da ficção, temos diversas outras figuras que nos provam o benefício que o cachimbo traz ao seu usuário, quando este atenta a moderação e o autocontrole.

Mark Twain, Einstein e J. R. R. Tolkien são apenas alguns deles (Esse último, aliás, que escreveu em suas obras diversas vezes sobre os benefícios de uma boa cachimbada e que estimulou muitos de nós a perseguirmos esse pequeno deleite.)

Aliás, de acordo com  Einstein, "[...] o hábito de fumar cachimbos contribui para um julgamento um tanto quanto calmo e objetivo de todos os afazeres humanos.".

Greta GarboE para que não nos rotulem como misóginos e afirmem que falamos que o cachimbo tem sido um deleite exclusivamente masculino, fiquem aqui com uma imagem da bela (E que ninguém diga o contrário) Greta Garbo, atriz da época silenciosa de Hollywood, apreciando um cachimbo.

Então, já te convencemos a arranjar um cachimbo pra chamar de seu?

A grande diferença entre o cigarro e um cachimbo, além de méritos biológicos sobre produtos químicos, aditivos, conservantes e danos do tabaco a saúde, vem com o TEMPO.

Em média, eu demorava cerca de 4 segundos para tirar um cigarro da carteira e acender ele, e cerca de 6 a 7 minutos para terminar de fumar ele.
Hoje em dia, em dias calmos, eu demoro cerca de 10 minutos para preparar e acender o cachimbo, e entre uma a uma hora e meia para terminar de fumá-lo.

Alguns me perguntariam sobre qual a vantagem de demorar 10 minutos preparando um cachimbo, quando você pode conseguir a mesma recompensa de nicotina em 4 segundos com um cigarro, e eu digo, é exatamente essa: O cachimbo te força a parar e se desligar do mundo durando alguns minutos para acendê-lo, e essa “freiada” no ritmo diário nos ajuda a limpar a mente.
Estamos preocupados o tempo todo com trabalho, família, casa, contas, estudos, que só temos tempo para descansar quando fechamos os olhos.

Proponho que você consiga para si um cachimbo, e pare por 10 minutos para acender ele. Você irá me agradecer.



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