14
jul
2015

Resenha: Os Sofrimentos do Jovem Werther

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Quando eu me sento na minha mesa e analiso as idéias de artigos, escondidas, enfiadas geralmente em algum ponto entre minha coleção de jogos de Xbox (Do Xbox Original, aquele gigante, verde, que pesava uns 2kg. Sou vintage.), os pouchs de tabaco cavendish e um daqueles porta-canetas de acrílico que a gente nunca sabe onde comprou ou quem deu, mas que simplesmente brotam por meio a grampeadores nunca usados, eu sempre analiso todas as idéias, pego as mais sugeridas e escrevo algo.
Geralmente, algo mal-escrito, e nunca publicado, mas que fica arquivado no banco de dados do CdG como um retrato post-mortem de algo que nem chegou a ser concebido.
Mas hoje eu não fiz isso. Hoje eu olhei pra lista (pequena, mas existente) de idéias, e resolvi ignorar ela. Possuido de um ânimo revigorado (que não vejo por mais de 4 meses já), fruto do fim do meu periodo de trabalho, resolvi tomar para mim a tarefa árdua de resenhar meu livro favorito.

 
É sério, eu realmente fiz isso tudo e essa é realmente a minha mesa.
Os Sofrimentos do Jovem Werther, no original alemão Die Leiden des Jungen Werther, é um romance escrito por Johann Wolfgang von Goethe, na década de 1770.
Saga epistolar (ou seja, contada através de documentos, no caso deste, cartas), Jovem Werther trata da história da indepêndencia de um jovem homem, Werther, que resolve viver no campo, até se apaixonar por uma bela jovem da região, Charlotte.

Werther se aproxima de Charlotte e da família da mesma, tornando-se amigo dos mesmos.

 A mesma porém está prometida ao galante Albert, homem integro, amado por todos da região. Werther sabe que suas chances amorosas são ínfimas, mas mesmo assim não deixa o convívio daquela que acabou se tornando sua segunda família.

"Sofrimentos" é uma obra complexa, que toca em diversos pontos na natureza humana.

Ela fala sobre a natureza do amor, sendo esse o tópico mais direto do livro, e o mais fácil de perceber: Werther é um homem cegado pela sua paixão por Lotte, perdido em um amor que não pode realizar, mas do qual não consegue se libertar.

Nesse ponto, Goethe fala sobre a liberdade humana, pois Werther, mesmo sendo livre para sair da pequena aldeia de Wahlheim e buscar uma vida onde pudesse encontrar uma mulher que correspondesse seus sentimentos, na verdade não tinha essa liberdade: Estava preso a pequena aldeia por seu amor a natureza, por seu amor a Lotte e por sua amizade a família.

Goethe também fala sobre amizade, sobre individualidade e sobre a necessidade de atenção.

Werther termina em nota melancólica e dramática, e um tanto quanto depressiva: O livro foi responsável por uma onda de suicídios na Alemanha quando foi lançado, de acordo com relatos históricos. Werther foi o estopim do movimento clássico de Weimar e do movimento Sturm und Drang, responsável pela criação de obras caracterizadas por ímpetos de emoção e movimento, como Fausto e Lenora.

E você, já leu Werther? O que você achou do livro? Deixe um comentário!


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